Dualidade, integração e fusão militar-civil na indústria de defesa

Resumo

A indústria de defesa é formada por empresas e órgãos do Governo. Como as outras, se insere na economia da nação condicionada pelos aspectos de oferta e demanda inerentes às particularidades de seus produtos, serviços e tecnologias empregadas. Assim, este artigo analisa a forma pela qual a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira interage com os agentes econômicos por comparação com a França, os Estados Unidos da América (EUA) e a China. A dualidade civil-militar é a forma básica e ocorreu inicialmente com a aplicação no meio civil de tecnologias empregadas em material militar (spin-off) e, depois, também ao contrário (spin-in). Tal divisão desvaneceu com a apropriação das mesmas tecnologias pelos dois setores e a premência de promover a Inovação. Nesse contexto, seguiu-se a Integração, iniciada pelos EUA, mas seguidos pela França, com a participação na BID de empresas antes não incluídas e uma abertura das normas, possibilitando maior aplicação militar de produtos comerciais. A China aprofundou essa integração com uma reforma da ciência, tecnologia e indústria relacionadas com a defesa, para construir capacidades estratégicas nacionais integradas, a que chamou de Fusão Militar-Civil. Na comparação, o Brasil se aproxima da França, buscando maximizar a dualidade, com alguns aspectos de integração.

Publicação
Revista Brasileira de Estudos Estratégicos

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